Prefeita de Cacequi, afastada pela Justiça, diz que vai recorrer e nega irregularidades

Prefeita de Cacequi, afastada pela Justiça, diz que vai recorrer e nega irregularidades

Foto: Reprodução

Ana Paula Del’Olmo (MDB), prefeita de Cacequi, e Edson Machado (Republicanos), vice-prefeito que deve assumir interinamente o Executivo

A prefeita de Cacequi, Ana Paula Del’Olmo (MDB), afastada provisoriamente do cargo por decisão da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), afirmou que vai recorrer da medida. Em entrevista ao Bom Dia, Cidade nesta quinta-feira (4), a gestora disse ter sido “pega de surpresa” pela decisão e declarou não ter tido acesso aos autos do processo.

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— Nós estamos contribuindo com todas as informações ao Ministério Público, tudo que nos é perguntado nós estamos respondendo imediatamente. Mas, como eu disse, fui pega de surpresa. Ainda não tivemos acesso aos autos ao que levou a essa decisão da Quarta Câmara.[...] Vamos recorrer e tentar o mais rápido possível esclarecer tudo e voltar à normalidade, voltar ao cargo, voltar a trabalhar pela minha comunidade como eu tenho feito nesses anos.

O afastamento ocorre no âmbito da Operação Títere, deflagrada em 12 de agosto, que investiga supostos crimes em licitações e irregularidades administrativas na prefeitura. Na ocasião, mandados de busca e apreensão foram cumpridos na sede da administração municipal, em secretarias, empresas e residências de agentes públicos e empresários de Cacequi e São Gabriel.

Segundo Ana Paula, entre os pontos levantados pelo MP, estão contratos por RPA (Recibo de Pagamento Autônomo), utilizados para a contratação de monitores em escolas municipais. Segundo ela, os profissionais foram todos desligados.

Ela também negou que tenha havido fraude em licitações. Como exemplo, citou denúncia envolvendo uma nota fiscal de material de construção.

— Pegaram uma nota de material de construção e colocaram lá, pegaram o primeiro item, por exemplo, um joelho soldável de 20 mm. Aí pegaram e colocaram como se o valor fosse R$ 5.000 essa compra. Mas quando tu abre no portal, tu pega todo o empenho e toda a nota e tu vê que ali tem vários itens que incluem, por exemplo, cimento, tijolos e aí dá um montante desse valor de R$ 5.000. Então, assim, nós já estamos juntando toda essa documentação, juntando as provas com relação às licitações, porque as licitações são feitas todas no Portal de Compras Públicas.

A prefeita destacou ainda sua trajetória política e pessoal: 

— Sou filha de ferroviário e dona de casa, comecei como balconista de loja, fui vereadora e a primeira mulher presidente da Câmara. Depois, eu me elegi prefeita com quase 80% dos votos. Sempre trabalhei com transparência e vou continuar assim.

Durante o afastamento, o vice-prefeito deve assumir a condução da prefeitura. 

— Temos uma relação de confiança. Ele dará continuidade ao trabalho e aos projetos até que possamos esclarecer tudo e retomar as atividades - disse Ana Paula.

O Diário procurou o Ministério Público Estadual para detalhar melhor as investigações e supostas irregularidades encontradas, mas a assessoria de imprensa informou que os promotores do caso não vão se pronunciar neste momento.

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